segunda-feira, 1 de julho de 2013

Reflexão


Em muitos momentos e por muitas vezes já ouvi alguém dizendo para mim ou para outrem (ás vezes até para si): "primeiro vem as pétalas, depois os espinhos" , ou "no começo tudo é um mar de rosa", ou ainda algo do tipo. Bem, eu vejo então que as pessoas acreditam bem mais no fim do que supõe, na predestinação, na receita única de fazer relacionamentos, aceitam a vida "como ela é", portanto acomodar-se é a alternativa mais fácil e confortável.
Mas esse post não é para negar o dito popular "primeiro as pétalas, depois os espinhos", é justamente para afirmá-lo, é a mais pura verdade. Pois?! Porque primeiro conhecemos as qualidades da outra - pessoa- , as virtudes, os hobbies, e apenas com a convivência (esse exercício árduo) é que vamos conhecendo a parte que nos foi omitida (e que omitimos, pois é certo que fazemos o mesmo), os defeitos, os vícios, os desgostos... e isso pode ser frustrante, pois buscamos na outra a perfeição, o que nos falta, uma pureza que não existe. E os conflitos começam quando não aceitamos as imperfeições alheias, quando negamos a outra pessoa, quando nos desencantamos (porque caí aquele holograma que criamos do homem ou da mulher perfeita) e todo e qualquer motivo por menor que seja é um motivo de rompimento, ou "já tô vendo que isso não vai dar certo", ou ainda "ela não era nada do que pensei".
E ela poderia ser o que pensei? E eu quem sou?! É fato que conhecer é uma vivência, e precisa de tempo, de momentos. Eu conheço primeiro o presente dela, me insiro nos seus planos, sonhos e anseios futuros, e ouço o seu passado...
Então ao conhecer viramos o ciclo do nosso tempo (vida) de ponta a pé: presente, futuro e passado. Por que seria diferente com as rosas? Bem, essa é a parte que queria chegar, o real motivo que me fez escrever esse texto. Por que seria diferente com as rosas?
Primeiro vem as pétalas que representa toda a beleza e imagem da flor; depois os espinhos que representa as dificuldades, os empecilhos, e isso fere, machuca, nos faz provar o gosto amargo do mel (o fel), porém os espinhos não representam o fim, é só mais uma parte da flor, uma fase de preparamento para chegarmos à raíz que é onde está toda a plenitude, a vida, a essência da flor, é de onde vem as pétalas, o cheiro, as cores, a imagem... a beleza.
Parar nos espinhos não é uma atitude inteligente e nem corajosa, é uma demonstração de acômodo, preguiça, menosprezo. Quero ir além... sentir os espinhos perfurar nossas peles, almas, e nos fazer mais humanas ("pois o homem é o exercício que faz", como disse Raul) e juntamente com você (a quem eu escolhi para amar) alcançar a plenitude da vida.
Flores em vida para nós! E que cada espinho represente um desafio superado, uma conquista! E que cada pétala seja nossa recompensa, prêmio!

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