A presidente Dilma Rousseff: governo deve anunciar hoje projeto de "importação" de médicos estrangeiros
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O Brasil suspendeu negociações para trazer cerca de seis mil médicos cubanos que viriam ao país para atuar em regiões com menos de um médico por mil habitantes. Espanha e Portugal continuam como países em que a negociação é tida como “prioritária” pelo Ministério da Saúde.
Hoje, a presidente Dilma Rousseff deve fazer um pronunciamento sobre medidas para a Saúde,
que incluem a vinda dos médicos sem a necessidade de eles prestarem o
exame Revalide, que iguala os diplomas estrangeiros aos de universidades
nacionais.
Segundo
o Ministério, o Revalide abriria a possibilidade aos médicos
estrangeiros de atuar em qualquer área do país. Já uma permissão
temporária poderia limitar a atuação deles às regiões mais necessitadas.
O
Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o congelamento das
negociações com Cuba, apesar de os médicos da ilha cumprirem os
requisitos de língua aproximada ao português e mais médicos por
habitante que o mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS).
Uma
possibilidade para o recuo está na polêmica gerada pela vinda de
médicos de um regime comunista, alvo de conservadores e visto com
desconfiança por alguns médicos brasileiros. Para Cuba, o recuo é
bastante negativo: a ilha é especialista na “exportação” de médicos, com
mais de 15 mil formados em medicina atuando fora do país, de acordo com
o governo cubano.
Como
a exportação de cubanos funciona com um acordo direto com o governo da
ilha, como se ela fosse uma empresa que fornecesse os profissionais sob
contrato, o pagamento aos médicos é feito por intermédio com o governo,
que fica com parte do dinheiro.
Segundo
a agenda da presidente, Dilma fala hoje às 15h em pronunciamento sobre a
Saúde no Brasil, um dos cinco pactos anunciados por ela no dia 24 de
junho.
Por Redação Mídia Recôncavo l Via Exame
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