segunda-feira, 24 de junho de 2013

'Se é doença, vou me aposentar por invalidez', diz ativista sobre 'cura gay'





Toni Reis oficializou união em 2012 (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
O Diretor Executivo do Grupo Dignidade, ONG defensora dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais(LGBT), Toni Reis, enviou requerimento aos Ministério da Previdência  e da Saúde solicitando aposentadoria por invalidez. Em entrevista ao G1, ele contou que esta foi umas das maneiras que ele encontrou para protestar contra o projeto da “cura gay”, aprovado há uma semana na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
O projeto de lei determina o fim da proibição, pelo Conselho Federal de Psicologia, de tratamentos que se propõem a reverter a homossexualidade. De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), a proposta pede a extinção de dois artigos de uma resolução de 1999 do conselho. Um deles impede a atuação dos profissionais da psicologia para tratar homossexuais. O outro proíbe qualquer ação coercitiva em favor de orientações não solicitadas pelo paciente e determina que psicólogos não se pronunciem publicamente de modo a reforçar preconceitos em relação a homossexuais.
“Se é doença, então eu não posso trabalhar. Isso é muito claro na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)”, conclui Reis. Ele classifica o pedido como irônico, e estimula que todos os gays também apresentem requerimento semelhante como forma de chamar a atenção para o assunto. “Esse projeto é um excrescência legislativa, nós temos que afundar essa iniciativa”, defendeu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário