segunda-feira, 17 de junho de 2013

Comandante-geral da PM pede protesto contra mensalão

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Benedito Roberto Meira, sugeriu aos representantes do Movimento Passe Livre (MPL) que incluíssem na pauta de protestos pedido de prisão dos condenados do processo de Mensalão, segundo relato ao iG de dois participantes da reunião. 


Segundo participantes da reunião, Meira teria dito que foi um erro da polícia (ação da Tropa de Choque), que é a favor das manifestações não só pelas passagens, mas que tem muita coisa errada, como os mensaleiros. Ainda conforme os relatos, os representates do MPL, ignoraram a sugestão do coronel, que foi interpretada como uma tentativa de politizar a manifestação.
Por volta das 14h50, o iG foi procurado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) para dar esclarecimentos. Segundo o órgão, Meira falou: "Eu não estou aqui para discutir o mérito da manifestação. Gostaria que vocês fizessem outras manifestações como, por exemplo, contra a impunidade e pela prisão dos mensaleiros". Ele fez a afirmação como cidadão, segundo a SSP, a fala pessoal não reflete a posição do governo do Estado.

Alice Vergueiro / Futura Press                                                                                   Mayara Vivian, uma dos representantes do MPL, deixa prédio da Secretaria de Segurança nesta segunda-feira

"Ele queria demarcar uma posição", explicou Mayara Vivian uma das representantes do MPL, que também participou do encontro. Manifestantes rejeitaram também todos os pedidos feitos pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella.
O secretário abriu a reunião em tom amistoso, reiterando a proibição de uso de balas de borracha durante o protesto e em seguida fez alguns apelos. "Ninguém aqui vai fazer nenhuma imposição, são apenas sugestões", disse o secretário segundo os participantes do encontro.
Em seguida, pediu que o trajeto fosse informado às autoridades, o que foi recusado pelos manifestantes. Eles disseram que vão informar o percurso momentos antes do ato. Depois, o secretário pediu que os manifestantes orientassem os integrantes do movimento a usar camisas brancas, para que a polícia pudesse identificar mais facilmente quem estava participando.
Grella também sugeriu que fosse proibido o uso de máscaras. Ambos os pedidos foram categoricamente recusados pelos manifestantes do MPL. Além da cúpula da segurança no Estado de São Paulo e das lideranças do MPL, participaram da reunião integrantes de outros movimentos sociais como a Central de Movimentos Populares (CMP), Resistência Urbana, Pastoral dos Povos da Rua, Educafro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário