Tem horas que ACM até faz falta. É verdade que ele tinha seus defeitos, mas também tinha certo pulso, verdade seja dita.
O que vem acontecendo atualmente é lastimável. A que ponto chegamos!
O problema da segurança pública é muito mais sério e menos simples do que se pensa.
Não adianta só estabelecer pena de morte, assim como não é eficaz se valer apenas de meios repressivos. Ataca-se as conseqüências, mas se ignora as causas.
Violência e criminalidade sempre farão parte da convivência humana, o que se procura é evitar que seus índices cheguem a uma situação insustentável, a ponto de impedir a garantia do Estado Democrático de Direito, conforme a carta magna de 1988, a Constituição Federal.
A sociedade atual é altamente consumista “compro, logo existo”. Como controlar este consumismo desenfreado que movimenta a economia e contribui para o aumento da violência? Este é mais um desafio. Em estudo realizado no ano de 2004 pela Fundação Getúlio Vargas, no Brasil chegou-se a conclusão que existiam nas favelas cariocas mais televisores do que geladeiras.
Os mesmos anseios e desejos das camadas mais ricas ocorrem também com os jovens das classes menos favorecidas. É a nova religião consumista “Griffes” fazendo com que estes jovens (excluídos sociais) utilizem de mecanismos ilícitos para satisfazer suas vontades, sendo facilmente recrutados pelo mundo do crime. Existe, na verdade, uma relação entre pobreza e criminalidade; relação esta não de causalidade, mas de potencialização (a pobreza potencializa o crime).
É possível construirmos uma sociedade mais pacífica e menos violenta, desde que sejamos capazes de combinar investimento, planejamento, gestão e articulação de ações repressivas e preventivas.
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