No lançamento da cartilha de cotas raciais, evento que lotou o auditório do Ministério Público do Estado, o professor Jorge Portugal, um dos palestrantes, sugeriu que o instrumento que servirá de suporte principalmente para a classe estudantil, seja reproduzido maciçamente. “Temos que fazer desta cartilha um manual de construção do futuro”, ressaltou o educador.
De acordo com o secretário da Reparação, Ailton Ferreira, a cartilha é muito didática, e vai perfeitamente atingir o objetivo que é esclarecer e agregar conhecimento aos estudantes afrodescendentes, quanto aos seus direitos enquanto for necessário brigar para consegui-los. “As cotas não é política de coitadinho, são políticas para podermos equilibrar. Assim como as cotas, a Secretaria também tem um prazo para existir. Quando não precisarmos mais de reparação, não fará sentido termos uma secretaria para esse fim”.
Para o subsecretário da Reparação, Edmilson Sales, a cartilha tem significado muito importante, pois impede que a juventude tome caminhos sem volta. “Essa cartilha vai evitar que nossos jovens sejam jogados no ‘navio negreiro’ de Mata Escura – o gestor se refere à Penitenciária Lemos Brito – e vai livrar também muitos pais de família de buscarem seus filhos no ‘navio negreiro’ do Nina Rodrigues. Queremos, com esta cartilha, que as mães em vez de buscarem o atestado de óbito dos seus filhos, busquem na companhia deles o diploma numa universidade pública”, concluiu Sales.
Conforme o promotor de Justiça, Almiro Sena, que também proferiu palestra no evento ocorrido na tarde da última quinta-feira (25), o manual esclarece todos os questionamentos que permeiam o sistema de cotas, intensamente criticado por diversos segmentos, significa o essencial das ações afirmativas. “Reitero as palavras do secretário, agora, vocês terão subsídios para argumentar, esta cartilha é um complemento para o entendimento mais profundo”, assinalou o promotor.
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