quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Oposição pede cassação de Dilma
A coligação de partidos que apoiam a campanha presidencial de José Serra entrou nesta quarta-feira com um pedido de cassação do registro da candidata petista, Dilma Rousseff, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelas denúncias de quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. A oposição quer que o TSE investigue a candidata do PT, a campanha presidencial petista, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral da Receita, Antonio Carlos Costa D'Ávila. O advogado do PSDB, Eduardo Alckmin, explicou que a solicitação tem por objetivo investigar o uso da máquina pública em favor da candidatura governista à Presidência. A coligação também quer ter acesso às investigações internas já em curso na Receita Federal sobre a quebra de sigilo fiscal de tucanos. "Esse é um processo vil, criminoso, comprometedor, de forças políticas que se opõem a nós. Essas forças políticas estão envolvidas em torno da ministra Dilma Rousseff", afirmou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, a jornalistas em São Paulo. Foram anexadas ao pedido de investigação reportagens veiculadas na imprensa que mostram a violação de dados fiscais de pessoas ligadas ao candidato tucano à Presidência, entre elas sua filha, Verônica Serra. Segundo o advogado do PSDB, "para pedir a investigação, basta a existência de indícios". A coligação de Serra alegou que Cartaxo e D'Ávila estariam dificultando as investigações da Polícia Federal sobre o caso e "tentando desvincular a quebra do sigilo fiscal de quatro pessoas ligadas ao PSDB do contexto político". Para Guerra, o secretário Cartaxo deveria deixar o cargo. "O secretário (da Receita) tem de ir embora. O secretário da Receita Federal do Brasil não pode mentir, não pode disfarçar e não pode se prestar a esse jogo", acrescentou. O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), cobrou que a investigação sobre a quebra de sigilos fiscais ocorridas na Receita Federal ocorra de modo "célere" e "imparcial", já que, na avaliação do senador, a Receita está "aparelhada" politicamente. "A filha de Serra não teria o seu sigilo violado não fosse ele (José Serra) candidato à Presidência da República. As pessoas ligadas ao PSDB vinculadas à campanha Serra não teriam o seus sigilos quebrados", afirmou Álvaro Dias.
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