sábado, 18 de setembro de 2010

Gordinhas unidas


Ganha força, entre as mulheres com manequins GG, um movimento de resgate da autoestima, com uma série de atuações no mercado da moda, que sempre as excluiu.

Desfiles só com modelos gordinhas, confecções de números grandes renovadas, revistas especializadas, blogs e site de moda para quem veste GG, calendário só com fotos de mulheres com curvas avantajadas e até campanha para que lojas coloquem em suas araras peças modernas com números acima do 46. O mundo plus size vem ganhando força no Brasil, num movimento que bem poderia ser batizado de "orgulho fat".

"Depois do negro e do gay, agora é a vez do gordinho", diverte-se a professora de idiomas Sandra Ebener, autora do blog Mundo G Mais. "Após toda a discriminação no mercado da moda e beleza, estamos mostrando que podemos nos sentir bem e bonitas." Sandra - que tem 39 anos, é casada e mãe de dois pré-adolescentes - comemora essa onda, assim como muitas outras mulheres com manequins acima do 46, e que agora podem usufruir de uma moda que antes as renegava.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse público já representa metade da população adulta do País: 48% das mulheres e 50% dos homens estão com peso acima do padrão recomendado para uma vida saudável.

No entanto, todos os envolvidos diretamente na onda "orgulho fat" ressaltam com veemência que ninguém quer fazer apologia da obesidade. "A ideia é fazer com que essas pessoas passem a aceitar mais suas características e, ao mesmo tempo, adotem um estilo de vida saudável", avisa o jornalista Jeff Benício, que, por meio da sua editora Haz, especializada em títulos corporativos, criou com seu sócio o projeto Mulheres Reais: um mix de eventos e publicações para promover a inclusão da mulher GG no universo da moda.

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