domingo, 12 de setembro de 2010

Morre o cineasta francês Claude Chabrol

O cineasta francês Claude Chabrol morreu neste domingo (12) aos 80 anos, segundo a Prefeitura de Paris.

Chabrol, considerado um dos autores principais da cinematografia francesa e da Nouvelle Vague. Ele nasceu em 24 de junho de 1930 em Paris, e foi, além de diretor, produtor, ator e crítico do "Cahiers du cinéma".

Obra
Chabrol ficou famoso por filmes bem humorados e sutis, em que criticava a burguesia de seu país.

Filho de uma família de farmacêuticos, nasceu em Paris, mas passou a adolescência em Creuse, no centro da França, durante a Segunda Guerra Mundial. Voltou à capital para estudar Letras e Farmácia.

Claude Chabrol foi um dos principais diretores da Nouvelle Vague

Formado em Letras, participou do começo da Nouvelle Vague, movimento de renovação do cinema francês. Sua primeira atuação foi como crítico na legendária "Cahiers du cinéma", ao lado de François Truffaut e Jacques Rivette -que, a exemplo dele, também se imporiam como diretores.

Chabrol começou a se firmar com "Le Beau Serge" (1957), que recebeu o prêmio Jean Vigo e o prêmio principal do Festival de Locarno em 1958. No ano seguinde, "Les Cousins" (Os primos) ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Chabrol se separou de sua primeira mulher para casar com a atriz Stéphane Audran, que atuou em filmes seus como "La femme infidèle" e "Le Boucher" (O açougueiro).

Também é creditado a ele o mérito de ter revelado a atriz Isabelle Huppert, em "Violete Nozière", de 1978. Ela voltaria a atuar em filmes seus como "Una Affaire de femmer" (Um assunto de mulheres, de 1988), "La Céremonie" (A cerimônia, de 1995) e "Merci pour le chocolat" (2000).

Sua obra inclui mais de 80 filmes, entre cinema e televisão. Ele foi premiado em 2005 com o Prêmio René Clair, da Academia Francesa, e em 2010 com o Grande Prêmio para autores dramáticos.

Também recebeu, em 2009, um prêmio pelo conjunto da obra no Festival de Berlim.

Chabrol havia se casado pela terceira vez em 1983 com Aurore Pajot. Deixou quatro filhos.Em 2009 dirigiu "Bellamy" e suas últimas obras foram dois capítulos de "Au siècle de Maupassant: Contes et nouvelles du XIXème siècle".

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