O empresário Paulo Sérgio Cavalcanti foi preso no início da tarde desta terça-feira (22) no aeroporto internacional de Salvador. A prisão aconteceu hoje porque Cavalcanti estava na Espanha, havia viajado dias antes da Operação Alquimia ser deflagrada pela Polícia Federal, e só retornou ao Brasil nesta terça. Os advogados de defesa tentaram, sem sucesso, que a Justiça concedesse um habeas corpus para evitar que o acusado fosse preso dentro do Aeroporto. Mesmo não conseguindo, o que se viu foi uma ação extremamente discreta.
Cavalcanti é proprietário da Sasil Comercial e Industrial de Petroquímicos Ltda., empresa acusada de encabeçar um enorme esquema de fraude tributária que promoveu um rombo de pelo menos 1 bilhão de reais nos cofres públicos, levando em conta as multas e juros. É também um dos destinatários de 31 mandados de prisão expedidos pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal da Subseção de Juiz de Fora, em Minas Gerais – onde as investigações começaram.
Dono de uma ilha paradisíaca de dois hectares na Baía de Todos os Santos, o empresário foi o 24º preso pela Operação Alquimia, deflagrada na última quarta-feira, 17, pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal. A ilha foi confiscada por auditores da Receita. Outros sete suspeitos continuam foragidos. Segundo o relatório do inquérito da Operação Alquimia – uma condensação das 22.000 páginas que reúne a investigação iniciada em 2002, a família de Costa Pinto integra a cúpula do esquema de sonegação.
O irmão do empresário, Ismael César Cavalcanti Neto, foi preso na última quarta-feira. Neste domingo, sua prisão foi prolongada a pedido da PF. Ele é proprietário da Triflex Industrial e Comercial Termoplásticos, da Acqua Service Produtos Químicos, e da Rodstar Transportes Rodoviários, entre outras. Todas as empresas são apontadas como beneficiárias do esquema de sonegação.
As informações são da revista Veja
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