Cleide Souza Cintra, 33, mulher do sargento da Rondesp, Fábio Nascimento Cintra, assassinado com dois tiros na manhã de quinta-feira (11), dentro do apartamento do casal, no bairro de Tancredo Neves, confessou a autoria do crime na tarde desta sexta-feira (12), alegando que agiu em legítima defesa. Ela havia sido presa na tarde de ontem por ser a principal suspeita da morte do policial.
De acordo com o advogado da acusada, Marcelo Duarte, Cleide conta que vinha sendo espancada pelo marido porque ele era muito ciumento. Na quinta-feira, eles entraram em luta corporal e ela teria conseguido se apoderar de uma das armas do sargento. Ainda segundo Duarte, ela disse que o tiro foi acidental. No entanto, policias dão outra versão para o caso. Segundo os agentes, Cleide teria esperado Fábio acordar e efetuado o primeiro disparo.
A acusada está presa na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e será encaminhada para a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Dercca). O advogado de Cleide disse que vai entrar na Justiça com pedido de relaxamento de prisão.
O sargento Fábio foi morto com dois tiros, atingidos na cabeça e no abdômen, no apartamento, localizado no Condomínio Arvoredo, no bairro Tancredo Neves, onde morava com Cleide e o filho dela de sete anos. Em depoimento à polícia, a acusada entrou em contradição. Primeiro, ela disse que dois homens encapuzados teriam invadido a residência pela porta da frente, mas depois contou que eles entraram pela janela, que é gradeada. A polícia, no entanto, não encontrou nenhum sinal de arrombamento no imóvel.
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