sábado, 18 de maio de 2013

Saiba o que é ser rubro-negra doente e ter uma filha apaixonada pelo Bahia


Binha é apaixonada pelo Vitória. Ana Luiza (sua filha de 5 anos), é Bahia doente. Conheça a história desse amor dividido. O relato é da mãe rubro-negra.
"Minha história com o Vitória começou desde pequena. Quem diria que em uma família rodeada de tricolores iria surgir uma rubro-negra... Pois sou de corpo e alma, nunca troquei de time. Olhem que a pressão era muito grande, (suportar o torcedor tricolor, ninguém merece!)


Hoje me tornei a rubro-negra mais insuportável do bairro. Reúno todos os meus amigos, para ir a um barzinho, ou ate mesmo em casa para ver o Ba-Vi.
Desde a preparação para o dia do jogo até o grande dia é muita resenha. Faço apostas com meus tios, primos, amigos de trabalho (porque sou chata mesmo). E pense que essa rubro-negra apaixonada se tornou mãe de uma tricolor doente.
Minha filhinha tem 5 anos de idade e ama o Bahia de coração. Assiste o jogo concentrada, parecendo até que está entendendo tudo, chora quando perde, vibra quando ganha. É muita emoção.
A casa de minha afilhada é sempre o “point” principal, porque lá a animação é demais. E haja choro, risos, abraços, comidas, bebidas e apostas.
Ana Luiza, minha filha, não aceita muito a minha posição de rubro-negra, pede-me chorando às vezes para ser Bahia, mas desiste quando falo que da mesma forma ela também poderia ser Vitória. Aí vamos para o estádio cada uma com sua camisa de paixão, vivendo momentos intensos em cada jogo.
A gente se arruma sempre por volta das 12 horas, para todos os jogos. Fazemos um trajeto pequeno até chegarmos à casa da minha afilhada; no meio do caminho são muitas as piadas, tipo: “filha inteligente, mãe burra”. Ou: “menina linda, mas escolheu o time errado”, entre outros.
Sei que na verdade o amor pelo time e pela filha é muito grande e acabo me divertindo com toda essa situação. O interessante é que sempre consigo reunir meus amigos tricolores e os rubro-negros. Porque independente do time, é necessário que exista o respeito por cada um.
Fico muito feliz com a personalidade de minha filha e a garra pela qual torce pelo time, exatamente igual à minha.
O seu amor pelo Bahia é na mesma proporção do meu pelo VitórIa. Lembro-me perfeitamente de um aniversário que fomos, em que a decoração era rubro-negra e ela não comeu o bolo, porque era vermelho e preto (até hoje, lembrando, rio muito).
Domingo é o grande dia. O dia de o Vitória ser campeão, mas não pensem você que ela não estará lá do meu lado, tentando incentivar o time a fazer os 5 gols de diferença (risos). Já me disse que vai ganhar.
Sei que meu amor vai crescendo a cada dia por minha filha e pelo meu timão, mas lógico que minhas apostas também. Já tenho 3 caixas de cerveja e R$ 100 para receber dos meus amigos, e lógico que irei comemorar ao lado da minha princesa tricolor doente".

Por Voz de Feira



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