Jogo quente, nervoso. Típico de um Ba-Vi. Decidido nos detalhes e na raça. O Bahia levou a melhor. Aproveitou duas bobeiras do setor defensivo do Vitória e definiu.
Na primeira, ninguém acompanhou Marcone na bola lançada por Ávine. O goleiro Viáfara tentou consertar o erro e falhou dobrado. Alison testou pro gol vazio. No gol do triunfo tricolor, outra falha de marcação deixou Abedi livre na direita. O meia aproveitou o passe certeiro de Edílson na direita e definiu. Resultado consumado. Normal, coisas do futebol. Seria, se o personagem principal do jogo não fosse o árbitro Arilson Bispo da Anunciação.
Fim de jogo é a galera rubro- negra ficou na bronca com o juiz. A principal cobrança era um pênalti não marcado em cima de Schwenck no finalzinho do primeiro tempo. O jogo ainda estava empatado. O volante Vanderson, ainda de cabeça quente não economizou. “ O Bahia não precisa de ninguém, juiz, bandeirinha, pra ganhar jogo. Basta jogar mais”, disse.
O lance irritou os rubro- negros que já jogavam com um a menos por conta da expulsão de Uelliton por jogada violenta. O técnico Ricardo Silva também não liberou o dono do apito. ”É um pênalti e ponto. Agora se o Ramon iria fazer é outra coisa. O fato é que ele tem 100% de aproveitamento nas cobranças“, explica. Schwenck foi agarrado por Nem dentro da área. Durante o jogo, demonstrou irritação com Arilson. Levou até o amarelo por reclamação. Já no final da partida, preferiu manter a cautela.” Não sei se ele estava encoberto, não sei se o auxiliar podia ajudar. Mas, foi pênalti claro“, disse.
Estratégia fustada
Ricardo Silva fez mistério durante a semana. Em campo, contra o Bahia, um Vitória sem mudanças no meio, mas taticamente bem organizado. Entrou com Bida um pouco mais recuado para Ramon armar as jogadas do Leão. Vanderson e Uelliton como os cães de guarda de sempre.
Tudo pra segurar o ímpeto dos laterais tricolores, Apodi e Ávine e tentar surpreender o Bahia no contra golpe. Ricardo ensaiou bem, mas viu a sua estratégia vir abaixo com 24 minutos de jogo. Uelliton pegou Ananias com força. Vermelho direto, não teve nem o que discutir.
Na mesma hora, o técnico rubro-negro agiu. Chamou Bida pra conversar e colocou Rafael Granja para aquecer. Sobrou para o atacante Adaílton que estava bem no jogo. “Tive que sacrificar o Adaílton para não perder o meio de campo”, explica o treinador.
A mudança deixou o Leão equilibrado. Bida ficou na marcação e Rafael teve liberdade ao lado de Ramon. Mesmo com dez, o Vitória pressionava o Bahia. Na volta do intervalo, o jogo seguia equilibrado no placar e no campo. Até que a zaga do Vitória bobeou e Abedi colocou o Bahia na frente. Novamente Ricardo Silva teve que mexer no time.
Habilidade
Chamou o jovem Arthur Maia. Valmir cansado, deu lugar ao jovem de 17 anos. Rafael Granja foi deslocado a lateral esquerda. Ricardo Silva apostava na mobilidade do meia. “Procurei fazer o que pude. Tentei com o Maia no meio pra que numa jogada de habilidade dele pudéssemos empatar”, disse.
Não deu. O Leão acabou derrotado. Mesmo assim, o técnico Ricardo Silva enalteceu os comandados. “Nós temos condição de vencer qualquer equipe. É só ter mais tranquilidade e equilíbrio”. Com Pituaçu fechado, o Vitória pega o Itabuna, quarta- feira em Camaçari.
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