terça-feira, 16 de março de 2010

Já deveria ter saído


“Vou dar o tratamento jurídico que o caso requer”. Esta foi a resposta do deputado federal Fernando de Fabinho ao deputado ACM Neto, que anunciou a solicitação de seu mandato. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele lamentou a iniciativa do parlamentar, pois entende que durante 16 anos de vida pública contribuiu para o desenvolvimento do Estado e do partido (antes PFL, hoje Democratas), onde sempre militou “de forma harmoniosa, amiga e companheira”. Demonstrando tranquilidade, Fabinho disse que no dia que entendeu que deveria mudar de partido tomou a decisão. “Ninguém pode ficar preso, submisso a alguns caciques do partido”, disse Fabinho, destacando que “se não tivesse motivo para sair, agora eu teria”. Ele acha que já deveria ter saído do DEM há mais tempo.
Sobre a relação com ACM Neto, Fernando de Fabinho disse que cada um cuida de seu mandato de deputado federal e se tratam com respeito. Mas negou que já tenha havido entrevero político entre eles. A verdade é que ACM Neto nunca concordou com a luta de Fabinho, Fábio Souto e José Carlos Aleluia para que o ex-governador Paulo Souto assumisse a direção do Democratas na Bahia. O que foi confirmado por Fernando de Fabinho. Ele ainda não se desligou oficialmente do DEM e não é candidato à reeleição, apenas apoia outro grupo. Se eu fosse candidato, até entenderia essa busca do mandato. “A reação é mais daqueles que perdem. Isso não acontece somente no DEM. Outros partidos têm entrada e saída de pessoas”, observou.
Prestígio político

O deputado Fernando de Fabinho reafirmou hoje (16) que a maior exigência que fez ao governador Jaques Wagner para aderir ao grupo do governo foi prestígio político para manter as lideranças e também trazer novas lideranças. Sobre a garantia do mandato, ele disse que o governador não pode garantir isso, pois quem decide é o Tribunal Eleitoral. Ele também assegurou que nunca houve acerto para assumir secretaria ou qualquer outro tipo de cargo. “Não sou candidato à reeleição e não preciso desse suporte. Eu espero ser contemplado no segundo mandato do governador Jaques Wagner”, admitiu. Sobre as eventuais reações a sua ida para o PP, Fabinho considera normal essa resistência. “É uma reação natural de todo grupo político, mas a mudança pode trazer resultado positivo para os dois lados”, disse. Sobre Jairo Carneiro, Fabinho disse que é uma questão do partido. “Ele é suplente”, resumiu.

Pavimentando a estrada

Questionado pelo radialista Dilton Coutinho sobre a sua postura com relação ao governo Lula nos últimos dois anos e se isso representaria a pavimentação de sua ida para o governo Wagner, Fernando de Fabinho confirmou que realmente já vinha votando em projetos do Executivo federal. Inclusive em 2009 ele não votou contra o governo, em alguns momentos se absteve e em outros não compareceu à votação. “Isso também foi uma maneira de contemplar o governo”, afirmou. Fabinho ressaltou que eram projetos de interesse da população. “Eu não podia ficar fazendo o tempo todo da oposição, que não é democrático”. Fabinho defende que tem que avaliar o projeto.

Discurso afinado

As lideranças do PT afinaram o discurso. Não somente com relação a Fernando de Fabinho, como a todos que chegam ao grupo. “Estão alinhados com o projeto do governo”. Conversa bonita essa do deputado José Neto, do secretário Walter Pinheiro e companhia limitada.

Fonte: Acorda Cidade

Nenhum comentário:

Postar um comentário