O governador Jaques Wagner (PT) reconhece que a mudança de posição de Otto Alencar, conselheiro do TCM, do senado para a vice, em sua chapa majoritária para a eleição deste ano, foi um pedido seu em razão da aproximação com o senador César Borges (PR): para ele, a formação da chapa deve equilibrar “novos e velhos companheiros”, e portanto não caberia ter nas duas vagas para o senado recém-aliados. Após solenidade comemorativa ao aniversário de Salvador, no Centro Cultural da Câmara, nesta segunda-feira (29), Wagner criticou a pressão que recebe do PP por uma das vagas ao senado. “Nós temos um projeto muito maior. A negociação com o senador Cesar Borges (PR) vai muito bem. Não vejo porque um motivo menor criar celeuma”, disse, alertando aos aliados que as “conversas do PP que deveriam ser privadas”, mas aconteceram publicamente. Os deputados federais do PP, Mário Negromonte e João Leão, afirmaram, nesta segunda, que a definição do nome e posição dos progressistas que comporá a chapa majoritária está nas mãos do próprio governador. A resposta, porém, já é certa para Wagner, que afirmou que seu compromisso é duplo, com PP e Otto. "Ambos têm que contribuir para que esse compromisso seja mantido. Otto Alencar não será candidato se entender que não quer ser por algum motivo de foro íntimo. Se depender do governador, ele será candidato e pelo PP", assinalou Wagner.“Isso tudo é superável, para a tristeza dos adversários que estão na arquibancada doidos para comer sardinha frita, mas não será na minha fogueira”, alfinetou o governador. Sobre o imbróglio que já se anuncia acerca da vaga que será aberta no TCM com a saída de Otto – que estaria supostamente pressionando o governo a acolher o nome de Plínio Carneiro –, Wagner disse que “não há susto”. “Logo no início Otto disse: ‘governador eu tenho esse compromisso‘ . Eu acolhi e a coligação toda sabe disso. Mas na política todo mundo quer espernear e sair bem na foto”. Informações do A Tarde.
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