segunda-feira, 22 de março de 2010

Deve começar nesta segunda (22), o julgamento do Caso Isabella

Deve começar nesta segunda-feira (22), em São Paulo, e se estender ao longo de toda a semana, o júri popular do pai e madrasta acusados pela morte de Isabella Nardoni. A Justiça de São Paulo negou por unanimidade o recurso de defesa do casal que pedia anulação do julgamento. Se condenados, a pena deve passar dos 12 anos de prisão.

Defesa do casal contesta laudos

Especialistas acreditam que a percepção dos jurados sobre o crime pode mudar durante o julgamento dos acusados'Um detalhe pode mudar tudo', afirma o jurista Luiz Flávio Gomes, especialista em direito penal. Segundo a defesa do casal Nardoni, os laudos que sustentaram a denúncia feita pelo Ministério Público, há mais de um ano, têm falhas graves e por isso, Anna Carolina e Alexandre não devem ser julgados por pessoas comuns.

Em entrevista ao Fantástico, o promotor Francisco Cembranelli acredita que 'eles serão condenados por unanimidade'.

Crime

Alexandre Nardoni e a madrasta Ana Carolina Jatobá são acusados de matar a menina Isabella em 29 de março de 2008. Ela tinha 5 anos e foi jogada da janela do 6º andar do prédio onde morava o casal, na Zona Norte de São Paulo. O pai e a madrasta de Isabella estão presos há cerca de 11 meses em presídios de Tremembé, a 147 km de São Paulo.

Segundo a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, o crime teria sido motivado por ciúme da madrasta de sua filha, Anna Carolina Jatobá, que matou a criança. Ela será uma das testemunhas do caso.

'Eu sei tudo sobre a minha filha e a criança meiga, alegre e carinhosa que ela era. Convivi bastante tempo também com o Alexandre e sua família, conheço seu comportamento; sofri com os ciúmes da Anna Jatobá e posso dizer que infelizmente, foi esse ciúme quase levou a minha filha...', respondeu Ana Carolina Oliveira por e-mail ao G1 ao ser indagada qual a importância de seu depoimento para elucidar o crime.

Um dos depoimentos da mãe de Isabella dados ao juiz Maurício Fossen, ainda na fase de instrução, em 2009, já mostrava a preocupação de Ana Carolina Oliveira com os ciúmes de Jatobá. De acordo com seu relato, a madrasta teria ciúmes de Alexandre por causa do relacionamento que ele teve com Ana Carolina Oliveira. No entender da mãe de Isabella, sua filha pagou por isso com a vida. Foi a avó de Isabella, Rosa Oliveira, quem afirmou à Justiça no ano passado que Jatobá tinha raiva da menina.

Em seu depoimento, Rosa chegou a classificar o ciúme de Jatobá como doentio. Para evitar que Alexandre conversasse por telefone com Ana Carolina Oliveira sobre questões relacionadas a Isabella, Jatobá passou a cuidar desses assuntos. Há relatos de que Jatobá falava com Oliveira, por exemplo, de quando pegar Isabella na escola. A pensão para a menina seria discutida com o avó paterno, Antonio Nardoni.

De acordo com o Ministério Público, Jatobá esganou Isabella e Alexandre a jogou pela janela do sexto andar do apartamento onde o casal morava, em Santana, na Zona Norte da capital. O crime ocorreu em 29 de março de 2008. Teria havido uma discussão antes da morte da criança. O casal Nardoni alega inocência: sustenta que um ladrão teria matado a menina. Essa terceira pessoa nunca foi encontrada pela polícia. As informações são do G1.

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