Feira de Santana cresceu e se desenvolveu como uma feira criada na porta de entrada para tropeiros do sertão rumarem ao Recôncavo baiano. Ironicamente, hoje é uma outra peculiar feira da cidade que se destaca como ponto de entrada e de comércio. Dessa vez, do contrabando e de produtos piratas.
É a Feiraguai, o maior polo de comércio informal de toda a região Norte e Nordeste do país. De bugigangas a um mar de produtos eletrônicos chineses, a sua movimentação, já se tornou tão grande que transformaram Feira de Santana em um polo turístico.
De balcão em balcão, dos mais variados produtos, o comércio no varejo corresponde à grande parte do lucros dos comerciantes, que negociam para muitas cidades. “Já temos clientes fiéis que toda semana vêm aqui. Serrinha, Ribeira do Pombal, Conceição do Coité, Estância...” - a lista se estende enquanto a vendedora Mayra, que vende celulares e câmeras digitais, explica de onde vem parte de seus consumidores.
Aliás, lá, toda e qualquer forma de falsificação pode ser encontrada. De camisa de futebol a relógios “Suatch” - em alusão à marca Swatch - tudo pode ser achado por preços e qualidade inferiores.
Facilitado pela localização entre duas importantes rodovias de ligação nacional, a BR-101 e a BR-116, a tradicional feira hoje é como uma meca da pirataria, onde milhares de comerciantes munidos de enormes sacolões pretos, fazem a festa comprando no varejo para cidades de todo o Nordeste do país. (As informações são do Correio)
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