Os estados da Bahia e do Pará são, justamente, estados governados atualmente pelo PT, cujos governadores podem tentar a reeleição. Eles são Jaques Wagner e Ana Júlia Carepa, respectivamente.
Portanto, é de se esperar que a intenção de Lula seja, oferecendo apoio ao PMDB em outros estados, conseguir que o partido apóie os projetos na Bahia e no Pará que devem, naturalmente, por já ocuparem o poder, terem a preferência da base aliada.
Seria um absurdo completo se Lula não fizesse nada para conter o ímpeto do PMDB de, não só tentar encabeçar a maioria de chapas governistas possíveis, mas também tomar do PT até mesmo os estados já governados por este, onde os governadores visam a reeleição. Até porque Lula tem poder de barganha para isso, afinal, deu ao PMDB tudo o que o partido quis no governo federal em seu segundo mandato, desde ministérios até o comando de estatais e fundos de pensão.
A realidade é que, defendendo Jaques Wagner e Ana Júlia, Lula nada mais faz do que o que seria encarado como correto para alguém que preza o seu partido. Por outro lado, se o Presidente sair das conversas com Geddel Vieira Lima, que ameaça Wagner, e Jader Barbalho, que ameaça Carepa, de mãos abanando, estará provado que quem dá as cartas é o PMDB e que Lula só quer saber de Dilma e que se exploda o PT nos estados e ponto final.
A julgar pelo que dizem entre quatro paredes, Geddel e Jader devem responder negativamente aos apelos do presidente.
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