Se tem algum fundamento aquela velha máxima futebolística segundo a qual em time que está ganhando não se deve mexer, o técnico, digo o governador do estado não parece estar muito satisfeito com o desempenho da equipe da segurança. Basta conferir a escalação do grupo anunciada no início do mês, dias antes do início daquela peleja da semana passada, quando o crime organizado chegou a jogar solto em alguns momentos, enquanto os jogadores se arrumavam em campo e se adaptavam às novas posições.
A mudança foi radical. Em alguns casos, é quase como se, de repente, o zangado Dunga resolvesse colocar o centroavante Adriano para defender a meta da Seleção Brasileira no lugar do goleiro Júlio César. A experiência poderia até vingar (que o diga Rogério Ceni, o goleiro fazedor de gols…), mas estaríamos diante de um evidente desafio à lei das probabilidades. E é esse o sentimento que se tem hoje ante a nova escalação do time da segurança baiana.
Há casos surpreendentes, outros tão somente risíveis. Porque, diga-se o que se disser do humor (ou da falta de) que caracteriza alguns dos remanejados, mas, justiça seja feita: se pecavam no item simpatia, davam de goleada no desempenho de suas funções. É o caso, por exemplo de um delegado de perfil eminentemente operacional que acaba de ser jogado para um cargo meramente burocrático. Arrogante, sim; mal humorado, também. Mas, um verdadeiro craque no comando de operações de grande porte.
Somente poucos dos remanejados admitem ter o que comemorar. Entre esses, há os que fingem estar satisfeitos, embora já tenham avisado aos subalternos que vão fazer corpo mole. Há ainda aqueles que, mais empenhados em promoção pessoal, fazem caras e bocas para as câmeras, enquanto esperam a onda de crimes passar. É grande a insatisfação. Para a maioria dos jogadores é nítida a sensação de que o time marcou gol contra
Fonte: Jaciara Santos
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