Na verdade não ia escrever sobre este tema esta semana, pois já está ficando enfadonho e maçante, mas, a pedidos, escrevo novamente sobre os crimes cometidos por motociclistas marginais. Para início de conversa, digo que estou me referindo a quem usa o veículo de duas rodas na prática de crimes nos centros urbanos ou na zona rural, para que entidades de classe não venham dizer, outra vez, que trata-se de briga policial ou de uma luta desproporcional contra os profissionais que sustentam suas famílias sobre uma moto. Aliás, sou a favor do mototaxista, motoboy ou qualquer outra forma legal de se ganhar o pão sobre uma motocicleta.
Como um delegado proibiu que pessoas da Ilha de Itaparica usassem capacetes quando estivessem conduzindo uma moto – o que deu o maior alarde, até em nível nacional – fiquei mais animado em falar do assunto. Já tivemos ordens judiciais em algumas cidades no mesmo sentido e no estado do Goiás, no ano de 2006, o tema foi discutido em audiência pública na Assembléia Legislativa.
Essas ações delituosas podem ocorrem tanto nas cidades, quanto nas estradas ou zona rural, por isso o combate tem que ser integrado. É responsabilidade de todas as instituições policiais e órgãos de trânsito – nas esferas municipal, estadual e federal – trabalharem em conjunto para diminuir essa onda criminal. Já registramos grupos de bandidos saindo de cidades da região metropolitana de Salvador para agir na capital.
Os marginais já descobriram os três aspectos que ajudam nas suas ações: a rapidez na fuga, a mobilidade no deslocamento e o anonimato, seja através da placa coberta ou do uso do capacete.
Pesquisar soluções adotadas por outros estados-membros da Federação e outros países para arrefecimento dessa modalidade de crime; mapear a evolução dessas práticas, de forma técnica, por todos os órgãos envolvidos, considerando-se não haver estudo específico de tal problema; envolver os sindicatos e demais empresas congêneres no processo de discussão em busca de soluções a curto, médio e longo prazo; pintar no capacete as letras e números da placa de identificação; intensificar a fiscalização em oficinas e sucatas de veículos, para evitar o desmanche de motos roubadas ou furtadas; realizar reuniões bimensais com os órgãos envolvidos, para avaliar a evolução das ações e se está tendo ou não efeito as medidas tomadas; centralizar as informações das ações delituosas realizadas por motociclistas-marginais em um único órgão público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário