Folhapress
A crise em Honduras chega a um novo momento com a posse, nesta quarta-feira, do presidente eleito Porfírio Lobo. Após a cerimônia, o presidente deposto, Manuel Zelaya, perde qualquer chance de retornar ao poder e deixa a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa rumo a República Dominicana sem a Presidência, apoio interno e internacional e a anistia.
Mas a lista de perdedores vai além de Zelaya. Inclui ainda o Brasil --com seu apoio insistente a restituição do presidente deposto, mesmo quando essa não era mais viável-- a mediação fracassada da OEA (Organização dos Estados Americanos) e o discurso duro --mas que rapidamente se silenciou-- do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
No lado dos ganhadores, está o presidente interino, Roberto Micheletti, que deixou o poder como a peça de resistência diante dos esforços internacionais para a volta de Zelaya e com o título de deputado vitalício. Figuram ainda os Estados Unidos, que, apesar da relutância em admitir um golpe de Estado em Honduras, demonstraram ser a maior força de mediação no continente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário