Viáfara parou de acessar o twitter desde sábado, Wallace disse que há uma semana só dorme pensando nesse jogo, Neto Coruja e Uelliton prometem subir o Alto da Santa Cruz a pé, em Monte Santo, Norte baiano, e Ricardo Silva garante que o time todo vai raspar a cabeleira black power de Renato. Vale tudo isso para o Vitória ser campeão da Copa do Brasil, a partir de 21h50, contra o Santos, no Barradão. Em jogo, um inédito título nacional em 111 anos.
Vale tanto que, no campo, o mistério é triplo. “Treinei com Fernando, depois Renato, depois Junior”, capricha Ricardo, após treino secreto. Junior, Fernando ou Renato, eis o mistério que só será revelado minutos antes da finalíssima de hoje. Um só nome é capaz de mudar toda a arrumação do Vitória no jogo mais importante para o clube desde a final do Brasileiro de 1993.
Se Junior for o escolhido, formará dupla de ataque com Schwenck, incomum, mas até provável, porque o Leão precisa vencer por três gols de diferença – ou 2x0 para decidir o título nos pênaltis, fruto da derrota por 2x0 na ida, na Vila Belmiro. Essa é a opção preferida do metalúrgico Bruno Carlos, escudo e leão tatuados no ombro direito, 25 anos, e um dos quase cem torcedores que foram prestigiar o treino de ontem. “Junior e Schwenck juntos, pra botar pressão neles. Estou confiante”. Mas se der Fernando, mantém-se o esquema usual de três volantes. O meia Renato é a opção que representa o meio termo e corre por fora. O resto do time está confirmado, com Bida no lugar de Vanderson. Nino foi poupado, mas joga.
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