JOHANNESBURGO – Discurso repetido à exaustão, a sensação de que tudo está perfeito e correto, como num teatro. Qualquer questionamento ou contrariedade é negada, qualquer coisa que possa significar um problema é negativa. Tudo feito graças a um líder que só quer o bem de seus comandados, de sua nação.
Pontos que lembram o quê? Uma ditadura. Como a da Coreia do Norte, adversária da estreia na Copa do Mundo, nesta terça-feira às 15h30 (de Brasília, 20h30 na África do Sul). Não sabemos nada do que acontece lá e sempre passam a impressão de que tudo é perfeito.
O caso curioso é que também lembra o atual momento da seleção, de seus jogadores e do técnico Dunga. Calma lá que não estou chamando ninguém de assassino ou qualquer outra classificação associada a estes casos, mas os pontos que cito no primeiro parágrafo coincidem.
Sabemos que o técnico não gosta dos jornalistas, que precisa de um inimigo para conduzir seu trabalho, e que “tudo é feito pelo bem da pátria, que somos uma nação, que devemos andar juntos” (entre aspas porque é algo dito por ele e por Jorginho). Esta é a semelhança. E sabemos que sempre nesses casos há algo podre escondido, o que não sabemos, porque não vemos lá dentro.
Por isso, a charge de Pedro Bottino, do estadão.com.br, abaixo. Encare-a, por favor, com o humor que ela carrega.
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