JOHANNESBURGO – David Villa fez dois gols, foi merecidamente eleito o melhor jogador em campo da vitória da Espanha por 2 a 0 sobre Honduras. É muito habilidoso e pode incomodar muito a seleção brasileira caso os times se enfrentem – como é bem possível nesta Copa do Mundo. Porém, para segurar os espanhóis, o homem a marcar é Xavi, o camisa 8.
Ele joga um pouco mais à frente da defesa espanhola, pelo lado direito, e é quem distribui praticamente todas as jogadas ofensivas, além de cobrar faltas. Quase não erra passes e esbanja fôlego. Faz uma função parecida com a de Elano, mas com uma diferença: como o time europeu não tem um armador específico como Kaká, ele tem liberdade para atacar quando quer.
Os 54.386 espectadores no Estádio Ellis Park viram uma Espanha que joga com três defensores (Pique, Puyol e Sergio Ramos) mais seis jogadores que giram pelo meio e sempre se revezam na marcação. Outro ponto forte é o ataque pelas laterais, onde aí sim se destaca Villa (que perdeu um pênalti). Fernando Torres é o homem de frente.
O técnico Vicente Del Bosque tirou Xavi de campo após 66 minutos em campo quando ele era o que mais tinha corrido (8,22 km) e com o melhor aproveitamento de passes do time (74%). Os espanhois são bem parecidos com o Brasil, com a diferença de que jogam na frente – o time brasileiro joga em contra-ataques.
Claro, o jogo desta segunda-feira foi contra a inexpressiva Honduras. Mas a Espanha fez sua parte, apesar até do excesso de passes ao invés de chutar a gol, em diversos momentos do segundo tempo. Independente disso, é assim que eles fogem de ter de pegar os brasileiros na próxima fase.
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