empregado da companhia aérea Southwest Airlines descobriu uma carga de dezenas de cabeças humanas destinada a uma empresa de pesquisas médicas, informou nesta quinta-feira a rede de televisão NBC.
A descoberta aconteceu no último dia 9, no aeroporto de Little Rock (Arkansas, EUA) e no pacote havia entre 40 e 60 cabeças, assinalou a NBC em seu site.
O fato foi confirmado por Ashley Rogers, porta-voz da empresa aérea, que explicou que o pacote com as cabeças estava mal embalado, não tinha os registros adequados e que, portanto, não foi enviado a seu destinatário.
A polícia foi informada da descoberta das cabeças, que foram entregues ao legista do condado de Pulaski, em Little Rock, Garland Camper, que disse que foi iniciada uma investigação perante a possibilidade de que façam parte de um tráfico ilegal de partes humanas.
"Existe um mercado negro de partes de corpos para pesquisa científica. Queremos assegurar que este embarque não faz parte desse mercado", explicou.
Segundo a NBC, os documentos vinculados ao embarque mostram que a carga era destinada à empresa Medtronic, de Fort Worth (no Estado americano do Texas), que realiza pesquisas médicas. O envio foi feito pela empresa JLS Consulting, de Conway (Arkansas).
Em declarações ao jornal Democrat-Gazette, de Arkansas, Camper afirmou que as cabeças permanecerão no necrotério do condado até que sejam divulgados os resultados da investigação.
"Estamos falando de seres humanos. Não vou permitir o envio de cabeças por todo o país sem ter a certeza de que foram obtidas de maneira legal", assinalou Camper, que não especificou o número exato.
Segundo o Democrat-Gazette, Janice Hepler, diretora da JLS Consulting, disse que sua empresa está cooperando com a investigação e entregou toda a documentação ao legista.
A diretora acrescentou que a companhia organiza cursos médicos promovidos por hospitais e outros centros de saúde e isso envolve o uso de corpos doados com propósitos educativos.
Hepler explicou que frequentemente são transportadas partes humanas por via aérea, e a carga é identificada como "material anatômico".
"Isto teve o efeito de uma bola de neve. O pacote não foi embalado e etiquetado corretamente", explicou.
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