Mais uma vez a prefeitura de Madre de Deus está em destaque na imprensa baiana. Depois de a prefeita Erenita de Brito (PMDB) ser cassada e do troca-troca de substitutos, agora surge mais uma curiosidade. Até o momento, o prefeito da cidade, o vereador Daílton Filho (DEM) - no cargo desde o dia 22 de agosto por força de um mandado de segurança -, viu-se obrigado a transferir a sede do Executivo para o Judiciário, no prédio do Tribunal de Justiça da Bahia (CAB), depois que o prédio oficial da prefeitura foi invadido ainda nas primeiras horas do expediente.
Daílton despachava uma folha de pagamento com o setor pessoal, quando oposicionistas afirmaram que o vereador Jeferson Andrade (PR) voltaria ao posto, por decisão da desembargadora Ilza Maria da Anunciação. “Já viria para Salvador conversar com ela (a desembargadora) e terminei de despachar aqui mesmo. Ainda atendi aos secretários de Saúde e de Planejamento”, disse Daílton. Mas, no final do dia, apesar da conversa com a magistrada, Daílton foi destituído do cargo.
“Fiquei surpreso com a decisão quanto ao cabimento do nosso mandado de segurança. Estou perplexo, mas vou recorrer”, afirmou o agora ex-prefeito. Jeferson deve ocupar o cargo a partir de hoje. “Vou solicitar que o vereador Daílton faça a transição dentro da lei”, anunciou o novo gestor. Desde a cassação da prefeita peemedebista foram 14 decisões e liminares, dadas por mais de dez magistrados diferentes. Sem data para o fim da novela, o caso pode parar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), onde ainda caberão inúmeros recursos.
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