Sem falarem uma palavra em menos de meia hora, o goleiro Bruno Fernandes Souza, Marcos Aparecido dos Santos (Bola) e Luiz Henrique Romão (Macarrão) deixaram o Juizado da Infância e da Juventude, em Contagem, Minas Gerais. Todos foram intimados e chegaram no Juizado por volta das 13h30 desta quinta-feira, mas decidiram não responder as perguntas do juiz Elias Charbil Abdou Obeid sobre a participação do menor J. no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do atleta.
Antes de entrar no Juizado, o advogado do menor, Eliezer Jonatas de Almeida, disse que, como seu cliente já falou com o juiz, não haveria necessidade de falar novamente hoje. Ele afirmou ainda que J. está aliviado, mas ansioso. "Ele não vai repetir palavras que não foram ditas e sim colocadas na boca dele. Essa história de mão jogada pra cachorro não existe", disse Almeida. Perguntado se foi a polícia que colocou as palavras na boca do menor, o advogado respondeu: "Vocês deduzem".
Almeida disse ainda que o menor sustenta que foi simplesmente contratado para dar um susto em Eliza. "Ele nunca soube quem é Bola e também não levou a polícia na casa do Bola". Mesmo assim, o advogado do menor disse que não vai pedir a anulação dos depoimentos que já foram feitos, porque estão apenas no inquérito e não na Justiça. Já os advogados dos outros suspeitos disseram apenas que seus clientes não falariam.
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