SÃO PAULO - Os ex-policiais militares Anderson dos Santos Salles, Joaquim Aleixo Neto, Moisés Alves dos Santos e Rodolfo da Silva Vieira, todos do 37º Batalhão, do Jardim Ângela, foram condenados, em júri encerrado às 2h15 desta madrugada no fórum da cidade de Itapecerica da Serra, na Região da Grande São Paulo, a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado por abuso de autoridade e violação de dever inerente ao cargo.
Os réus são acusados de assassinar Antônio Carlos Silva Alves, portador de deficiência mental, em outubro de 2008. Na época do crime, a vítima tinha 31 anos. Alves foi encontrado com a cabeça decapitada, as mãos decepadas e um corte na barriga em forma de cruz. O julgamento teve início às 9h30 de quinta-feira. O júri popular, formado por cinco homens e duas mulheres, resolveu em sua maioria acolher integralmente os argumentos da acusação.
Segundo a sentença lida pelo juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov, " os PMs deveriam ser os primeiros a proteger a vítima, o que não aconteceu (...) o delito teve como consequência uma grande repercussão social e comprometimento da imagem da digna Polícia Militar".
O grupo de extermínio formado por policiais do 37º Batalhão da PM em São Paulo ficou conhecido como 'Highlanders'. O nome é uma alusão ao filme estrelado por Christopher Lambert e Sean Connery na década de 80, em que guerreiros cortavam a cabeça de seus inimigos. Segundo a polícia, a cabeça e as mãos das vítimas eram cortadas pelos policiais para dificultar a identificação.
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