terça-feira, 20 de abril de 2010

ALIANÇA DO PPS COM GEDDEL "NÃO VAI PROSPERAR"


Roberto Freire, presidente do PPS, diz que aliança com PMDB é "inaceitável"

O apoio do PPS à candidatura do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB) ao Governo do Estado é contestado pela direção nacional da legenda. O presidente do PPS nacional, Roberto Freire, em entrevista ao colunista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, afirmou que encaminhará nesta semana um pedido de explicações ao diretório baiano. Mas já põe água no chopp peemedebista, e avisa que a parceria com Geddel “não vai prosperar”. Segundo Freire, “tem gente na Bahia, no próprio diretório, que é contra isso”. O dirigente vai submeter a decisão baiana à direção nacional do PPS. De acordo com uma resolução aprovada pela legenda em congresso, “toda e qualquer aliança regional que fuja ao apoio nacional a José Serra terá de ser aprovado pela direção nacional”. “O PMDB da Bahia definiu-se claramente por Dilma Rousseff”, disse Freire. “O PPS, como legenda pequena, entra nesse acerto como mera massa de manobra”. Ele recorda que, na Bahia, a coligação natural do PPS é com a candidatura de Paulo Souto (DEM), apoiada pelo PSDB do pré-candidato José Serra. Freire rechaça ainda o argumento de que a aliança com o PMDB poderia favorecer a eleição de deputados do PPS. “Para nós, não tem nenhum sentido esse negócio de fazer política na base de eleger um deputado. Não é o nosso estilo. Não vou admitir. Que brincadeira é essa? (...) O PPS não é uma legenda qualquer. Tem história. Isso pode acontecer em qualquer outro partido, no nosso não!”. Ele prossegue: “Ficar com Geddel não tem justificativa. O PPS, partido pequeno, ficiaria aliado a uma candidatura em que todas as forças estão engajadas na campanha da Dilma. Faríamos papel de menino de recado. É inaceitável!”.

(Rafael Rodrigues)

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