BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou nesta quinta-feira que o país chegou a um acordo para comprar caças Rafale da francesa Dassault.
Jobim, que falou durante balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Brasília, disse que o processo de escolha ainda não está definido.
"Não está definida a compra dos caças. O procedimento está em andamento no Ministério da Defesa. A notícia não tem fundamento", disse o ministro, quando indagado por um jornalista, sobre reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo afirmando que o governo teria se decidido pela compra do Rafale.
De acordo com o jornal, o acordo teria sido fechado após o governo brasileiro ter conseguido uma queda no preço dos caças franceses. A redução seria de 2 bilhões de dólares, passando de 8,2 bilhões para 6,2 bilhões, segundo a reportagem.
Ainda assim, o negócio com a Dassault sairia mais caro do que os 5,7 bilhões de dólares propostos pela Boeing, que oferece o F-18 Super Hornet, e os 4,5 bilhões de dólares da Saab, que está na disputa com o caça Gripen NG, de acordo com o jornal.
O acordo envolve, inicialmente, a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). No futuro, o lote pode chegar a 120 aeronaves.
A representação da Dassault no Brasil informou que a empresa não se manifestará enquanto não houver um pronunciamento oficial do governo.
A Aeronáutica, que fez um estudo técnicos sobre os três modelos e teria apontado no começo do ano predileção pelos caças suecos, informou em nota nesta quarta-feira que "não recebeu qualquer comunicação oficial" sobre o vencedor do processo de seleção dos novos caças multiemprego para a FAB.
Um ministro do governo disse à Reuters em janeiro que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia decidido sobre a compra dos caças Rafale, mas a negociação dependia de uma redução do preço final dos aviões franceses, que seriam os mais caros entre os três concorrentes.
(Reportagem de Fernando Exman)
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