segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quatro estão presos em Santa Maria

Quatro pessoas envolvidas no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria (RS), estão presas em caráter temporário. Três delas foram detidas na manhã desta segunda-feira, e o empresário Mauro Hoffman, um dos proprietários da casa noturna, se entregou à polícia por volta das 14h30. Ele chegou à Delegacia de Polícia Regional da cidade acompanhado por sua esposa e seu advogado.

As prisões aconteceram em cumprimento ao mandado de prisão temporária decretada pelo juiz Régis Adil Bertolini.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, também foram presos Elissandro Callegaro Spohr, também proprietário da boate; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no momento do acidente; e Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor do grupo. Uma prisão aconteceu na cidade de Cruz Alta e outras duas em Mata.
Ao todo, 231 pessoas morreram no incêndio em uma das principais casas noturnas da cidade, famosa por receber estudantes universitários. Segundo a Defesa Civil, o fogo começou na espuma de isolamento acústico quando um dos integrantes da banda que se apresentava acendeu um sinalizador, que atingiu o teto.
Ao todo 82 pessoas permanecem internadas em hospitais em Santa Maria e outras 39 foram transferidas para Porto Alegre. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, 20% dos feridos tiveram queimaduras consideradas graves, que correspondem a mais de 30% do corpo. A maioria sofreu intoxicação respiratória.
O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, informou que o plano de combate a incêndio da casa está vencido desde agosto de 2012. Já a Polícia Civil afirmou que a casa estava com o alvará de funcionamento vencido também desde o ano passado, mas estava em processo de renovação.
Boatos de fuga
Segundo o delegado da 1ª Delegacia de Polícia (DP) do município, Marcos Viana, os pedidos de prisão temporária foram decretados devido a boatos de que essas pessoas poderiam deixar a cidade sem prestar depoimentos à polícia.
“Em razão disso, concluímos pela necessidade de pedir a prisão temporária, já que acreditamos que os depoimentos deles são necessários para nos ajudar a esclarecer o episódio”, declarou o delegado.
“Temos muito trabalho pela frente para esclarecer o que de fato aconteceu e identificar eventuais responsáveis”, acrescentou o delegado.
(Agência Brasil, Folhapress e Valor)

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