Preparados para tempos de análise das contas públicas com lupa, cara
feia para inflação alta e percepção de que o setor privado estará atento
às iniciativas do governo no sentido de renovar esforços para expandir o
crescimento econômico, integrantes do governo Dilma Rousseff vêm
afinando o discurso. De Davos, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho,
disparou um tiro preciso. Informou que o custo da redução da conta do
luz dos brasileiros não passa pelo banco que está sob o seu comando. O
desembolso adicional de R$ 8,4 bilhões a ser feito pelo Tesouro para
assegurar a redução da fatura de energia deve ser feito sem ajuda da
instituição. O presidente do BC, Alexandre Tombini, também em Davos na
semana passada, deu sua contribuição. Rebalanceou as prioridades do
governo e não só as do BC do B. A ministra das Relações Institucionais,
Ideli Salvatti, uma petista histórica, lembrou, há uma semana, que sem
uma memorável decisão do Congresso brasileiro a taxa Selic não estaria
em sua mínima histórica. Hoje, Ideli voltou à carga. Em encontro com
prefeitos petistas, afirmou que a presidente terá que lidar com
“vespeiros” – como redução do juro e do preço da energia – para manter
“o crescimento com desenvolvimento”. O ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, bateu na mesma tecla
que a colega. Disse que a redução de juros é fundamental para o
crescimento sustentável.
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