O diretor do BEA, escritório francês que investiga as causas do acidente com o voo AF 447, Jean-Paul Troadec, afirmou nesta sexta-feira que é preciso compreender quais foram as ações dos pilotos durante o período que envolve a queda. "Nós temos a gravação das conversas deles, mas ainda não conseguimos entender as razoes das ações", afirmou, em entrevista à emissora francesa France 2. O procedimento habitual em uma situação de perda brusca de velocidade, como havia acontecido com o AF447, indica que os pilotos deviam inclinar o aparelho para baixo, e não para cima, como fizeram os profissionais da Air France.
Uma informação fundamental para compreender o que provocou a tragédia diz respeito às sondas de velocidade pitot. Foi depois que as sondas começaram a emitir informações desencontradas sobre a velocidade em que voava o Airbus que o piloto automático se desligou automaticamente e os co-pilotos começaram a tentar controlar, manualmente, o curso do avião. "Outros aviões que tiveram problemas nas sondas pitot e foram contornados, permitindo que os voos seguissem seus trajetos até um pouso seguro. Logo, há algo de diferente no caso específico do voo AF447", concluiu Troadec.
Além disso, o diretor afirmou que provavelmente os passageiros do Airbus acidentado no oceano Atlântico não perceberam que o avião estava em queda. "As circunstâncias que pudemos verificar do acidente nos leva a crer que não houve sinais de que os passageiros tenham percebido a iminência do acidente", disse Jean-Paul Troadec
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