O governo brasileiro vai começar a liberar nesta sexta-feira, 20, alguns carros na fronteira com a Argentina como um "gesto de boa vontade". Em contrapartida, o país vizinho vai autorizar a entrada de baterias, pneus e calçados. Ainda não há definição sobre volumes, mas fontes argentinas dizem que o Brasil se comprometeu a permitir a entrada de mil automóveis dos três mil que estão parados.
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O objetivo das medidas recíprocas é melhorar o clima para uma reunião negociadora que ocorre segunda e terça-feira em Buenos Aires. No encontro, o secretário-executivo do ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, e o secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, vão tentar por fim ao conflito bilateral. Ainda não há definição sobre o que vai ocorrer com as geladeiras e chocolates brasileiros que estão presos nos depósitos alfandegários da Argentina.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) esclareceu que o acordo fechado entre Brasil e Argentina não retira do sistema de licenciamento não automático as importações, pelo Brasil, de carros argentinos, e as importações argentinas de pneus, baterias e calçados do Brasil.
Segundo o ministério, o acordo prevê que haverá uma liberação imediata a partir desta sexta de algumas guias de importação desses produtos. Pelas regras da OMC, as licenças não automáticas podem ser aprovadas em um prazo de até 60 dias.
Conforme antecipou o Estado, as medidas foram definidas nesta quarta-feira, 18, durante conversas telefônicas entre técnicos dos dois governos. Pela manhã, Teixeira conversou com Bianchi. À tarde, o secretário argentino voltou a ser atendido por Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Brasil.
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