A Feira Ibero-Americana de Arte completa em 2011 20 anos com o objetivo de tomar os espaços públicos da capital venezuelana com intervenções urbanas a partir do próximo dia 15 de junho, informou nesta terça-feira o comitê organizador do evento.
Durante cinco dias o evento espera 'transformar a cidade de Caracas em uma festa', e fazer com que os cidadãos combatam o 'medo' de sair às ruas, afirmou à Agência Efe Ana Josefina Vicentini, integrante do comitê organizador da exposição.
Os organizadores declararam que todos os órgãos estatais foram convidados a participar da feira, embora as entidades que participam e patrocinam a feira sejam apenas os municípios de Baruta e Sucre e o Governo do estado de Miranda, todos administrados por opositores de Hugo Chávez.
O prefeito de Baruta, Gerardo Blyde, participou da cerimônia de apresentação da feira, que conta com o apoio do setor privado, e convidou todos os venezuelanos a comparecer ao evento de arte 'mais importante de todo o país', classificada por ele como 'a sobrevivente'.
'São dias em que podemos transformar esse cotidiano tão pesado dos caraquenhos e dos venezuelanos em geral, e abrir o espírito à liberdade', disse Blyde.
Após a apresentação oficial, Vicentini ressaltou que também serão realizadas intervenções em espaços abertos. 'Muitas vezes as pessoas tem receio de entrar em um espaço que não estão acostumadas a frequentar', afirmou, acrescentando que a partir do dia 15 as ruas caraquenhas terão outras atrações 'além do trânsito e da violência'.
Segundo Vicentini, a FIA conseguiu, 'apesar das circunstâncias que afetam ao país, ser uma feira importante dentro do continente' e ganhar um posto no circuito artístico internacional.
A FIA 2011 contará apenas com expositores do continente americano, embora esteja programada uma homenagem a artistas estrangeiros que passaram pelas edições anteriores da feira.
Vicentini ressaltou que o evento é uma oportunidade para o público venezuelano 'ampliar seus horizontes' com os 33 expositores de Colômbia, Argentina, México, Panamá e Venezuela que participarão da mostra. EFE
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