segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Cruz das Almas começa a debater as espadas de fogo


A Associação de Produtores de Espadas de Cruz das Almas (ASPEC) deu o pontapé inicial em suas atividades na última quarta-feira (9) no Plenário da Câmara Municipal de Cruz das Almas com grandes desafios pela frente. O tema “espadas de fogo” divide a população cruzalmense ao meio causando grandes polêmicas entre os que apreciam a tradição e aqueles que não gostam das espadas de fogo.

Pensando nisso, é bom que se faça justiça, o decano Vereador Antonio Paulino (PMDB) capitaneou essa empreitada e amadureceu a idéia da criação da associação dos espadeiros. Na presença de um número significativo de espadeiros e do Secretário Municipal de Esporte Cultura e Lazer, Mário Araújo dos Santos, a reunião iniciou as discussões sobre os temas mais polêmicos que envolvem a tradição. Foram discutidos: A proibição da queima de espadas na praça central, os locais para queima das espadas, bitolas, locais proibidos e casamento do CEAT.

O próximo passo será a aprovação de um estatuto e o estreitamento da relação da entidade com os poderes constituídos, posto que o Código Civil Brasileiro considera as espadas um projétil de arma de fogo. O fabrico das espadas em residências é um dos problemas que os espadeiros enfrentam para manutenção da tradição, além disso, os locais específicos para queima das espadas é uma das exigências dos que não apreciam a tradição. O poder público municipal não pode, e não deve, ficar somente assistindo.

A Prefeitura e a Câmara Municipal tem um papel fundamental nessa discussão para adequar o velho e o novo, o censurável ao lícito. Fazer com que a tradição seja mantida e aqueles que não apreciam as espadas não se sintam, de certa forma, coagidos, mesmo que sejam 02 (dois) ou 03 (três) dias no ano no São João. Um dos primeiros passos é discutir a legalidade das espadas, porque se outros fogos (foguetes, chuvinhas, cobrinhas e bombas) são fabricados, comercializados e queimados, as espadas podem e devem ser enquadradas em uma legislação. Com informações do Blog André Eloy

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