Marco Antônio Carvalho Teixeira, cientista político especializado em administração pública, apresenta uma análise sobre a falta de investimentos em Cultura: por não proporcionar obras materiais, é colocada em último lugar no ranking de prioridades. "Não investe porque não vira obra, embora seja ganho imaterial fantástico."
A avaliação é cruel, mas evidencia a realidade de boa parte do País. Ele cita como exemplo o orçamento da União, no qual a Cultura recebe apenas o residual das demais rubricas.
O analista rechaça a teoria de que não há interesse dos governantes em proporcionar cultura aos eleitores. Para ele, isso é um mito e tem mais relação com a questão da alfabetização.
Como a prioridade dos administradores passa por áreas mais críticas, como Saúde, Educação e Segurança, Teixeira sugere a eles que façam a interface da Cultura com outras áreas cujas atividades são similares.
Para o cientista político, há iniciativas viáveis sem a necessidade de investimentos exagerados, como parcerias e oficinas.
Cultura sempre foi considerada uma área secundária, tanto em termos de orçamento como de propostas. Dificilmente, um político vai a público discutir projetos para a área. Outro fator é que os próprios partidos políticos que forneceriam dados para o governo não o fazem. Os meios culturais têm pouca atenção do setor político e pouca projeção e capacidade de pressionar, por isso, fica com as sobras dos recursos.
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