A trajetória política do senador João Durval pode ser resumida em uma única palavra: sucesso. Vereador, deputado, prefeito de Feira de Santana, governador da Bahia e senador. Incontestável. Porém, no episódio que envolve a ida do prefeito Tarcízio Pimenta ao PDT – ato de filiação confirmado para a próxima sexta-feira (29/07), o senador parece ter deixado de lado toda a sua experiência acumulada em décadas de militância política. Em rara aparição pública em Feira de Santana, nos festejos de Senhora Santana, nesta terça-feira (26/07), Durval foi, no mínimo, indelicado com o prefeito. “Não fui convidado para a cerimônia de filiação do prefeito ao PDT e espero não ser convidado”, disse em entrevista. O senador, que está com a saúde debilitada, deixa claro que não está satisfeito e à vontade com a chegada de Tarcízio ao PDT. Em que pesem as tentativas do prefeito de acalmar os ânimos, com declarações elogiosas ao senador, Durval não parece disposto a fumar cachimbo da paz de uma guerra até agora declarada apenas por ele mesmo. JD disse que pretende conversar com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, para definir seu futuro na legenda. Evidentemente que, nesta sua carreira política que chega ao fim, João Durval não é obrigado a sorrir para a chegada de Tarcízio Pimenta ao PDT ou mesmo de qualquer outro político. Mas é preciso um mínimo de respeito. Afinal de contas, senador, trata-se da filiação do prefeito da segunda maior cidade do estado.
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