A operação abafa da Polícia Militar para blindar o tenente Fagner Castro Santos, acusado de matar o perito da Polícia Civil Hilton Martins Santos, há exatamente uma semana, mostra mais uma vez como na corporação existem dois pesos e duas medidas no tratamento dispensado a praças e oficiais.
Se o autor do crime fosse um soldado, será que o senhor corregedor teria saído em sua defesa, antes mesmo de conhecer a realidade dos fatos? E haveria toda aquela procrastinação para apresentá-lo a uma delegacia da Polícia Civil? Ora, gente, quando se trata de um praça, qualquer clamor popular é suficiente para que a instituição lave as mãos e deixe os seus entregues à própria sorte.
Quer um exemplo? Três soldados da 39ª CIPM (Boca do Rio) ficaram presos por mais de 50 dias no ano passado, sob suspeita – eu disse suspeita! – de matar o artista circense Ricardo Matos e o assaltante Robson Pinho. O crime aconteceu numa quadra de esportes da Invasão do Bate-Facho, bairro da Boca do Rio, em janeiro de 2008.
Por mais que os policiais jurassem inocência e apresentassem álibis irrefutáveis, amargaram quase dois meses de cadeia. Mesmo depois de inocentados em Inquérito Policial Militar, eles não conseguiram se reabilitar completamente. As sequelas do erro ainda os perseguem.
O mais lamentável em toda esse drama é que ninguém veio a público, até hoje, pedir desculpas aos soldados José Roberto dos Santos, Marco Antônio Carvalho Santa Bárbara e Adilson José da Silva. Qual a novidade? Eles são apenas praças
Fonte: Jaciara Santos
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