O vazamento de informações frustrou uma megaoperação com 370 homens das Polícias Civil e Militar em Macaé, no norte do Rio de Janeiro, para prender os traficantes fugitivos do Complexo do Alemão, na capital fluminense. Esta foi a primeira ação policial depois da "Operação Guilhotina", da Polícia Federal, que prendeu policiais civis e militares acusados de vender informações sobre incursões policiais para traficantes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA).
Hoje, dos 27 mandados de prisão e 54 mandados de busca e apreensão contra adolescentes, apenas quatro contra adultos e outro contra um menor foram cumpridos. Os policiais apreenderam 150 quilos de maconha. Quatro pessoas foram presas em flagrante com drogas e um homem detido com documento falso.
O principal alvo da operação era o traficante Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, ex-líder do tráfico no Complexo do São Carlos, conjunto de favelas ocupado em fevereiro pela polícia para a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Ele não foi encontrado e seria um dos criminosos da ADA que pagavam por informações dos policiais presos na Operação Guilhotina, deflagrada no dia 11 de fevereiro.
O prefeito de Macaé, Riverton Mussi (PMDB), pediu que o governo do Rio estudasse a instalação de UPPs nas favelas da cidade. Segundo ele, vários criminosos da capital fluminense migraram para as favelas Nova Holanda, Malvinas e Nova Esperança. A última não foi alvo das incursões policiais hoje. Em seguida, Mussi divulgou uma nota em que afirmava desconhecer a operação e não ter acesso às informações privilegiadas da polícia. Por meio de sua assessoria, ele definiu a segurança pública da cidade como "fora do normal".
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