Um estudo realizado pela Confederação Nacional de municípios aponta que realidade do consumo de crack no Brasil é alarmante. A pesquisa mostra que a droga já chegou a 98% dos municípios brasileiros – quase quatro mil foram consultados.
Na pesquisa, os municípios foram questionados sobre a presença ou não do crack e sobre o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à prevenção e ao controle do uso. No estudo, mais de 91% não possuem programa municipal de combate ao crack e nenhum tipo de auxílio dos governos federal e estadual para desenvolver ações. E, apenas 8,43% desenvolvem algum programa municipal de combate.
Além dos programas municipais, a CNM perguntou se os municípios desenvolvem alguma campanha de combate ao crack. Segundo as respostas, 48,15% disseram que promovem campanhas preventivas e 51,85% disseram que não. Rio Grande do Sul, Ceará e Sergipe lideram este ranking com, respectivamente, 64,5%, 59% e 56,5% de municípios. Também não há apoio financeiro estadual ou federal em 58% desses casos.
Em entrevista coletiva, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que este é um problema que precisa ser enfrentado imediatamente.
Ziulkoski enumerou algumas alternativas para dar início à busca de uma solução. Segundo a CNM, é preciso implantar uma política eficaz de qualidade para combater a entrada de drogas no Brasil, um acordo entre os entes federados – União, Estados e municípios – para agir nas fronteiras, o controle efetivo da cadeia produtiva da indústria química nacional, além da revisão, que a Confederarão classifica como das "leis permissivas" que impedem uma ação mais efetiva da polícia.
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