Uma cadeia onde os presos precisam ser treinados para fugir rápido em caso de emergência. Pode parecer uma situação impossível, mas existe na Bahia, mais especificamente no Presídio de Simões Filho, a cerca de 30 km da capital, Salvador. O presídio fica entre os municípios de Simões Filho e Camaçari, uma área entrecortada por dutos de produtos químicos do Pólo Petroquímico de Camaçari.
Quando foi construído, em 2002, já provocava a preocupação de políticos do PT, hoje no governo estadual, da própria Petrobras, que se colocou contrária à construção, e de representantes, na época, do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) - órgão que apresentou um estudo realizado por uma empresa de análise de risco.
Em 2006, o governo da Bahia foi para as mãos do PT, partido que até hoje abriga os políticos que levantaram a bandeira contra a construção da unidade. No entanto, o presídio continua funcionando. "Não dá para concordar com a construção de um presídio nessas condições, mas não temos como abrir mão das vagas de Simões Filho", ressaltou o novo secretário estadual de Justiça, Nelson Pellegrino, que alega ter um déficit de oito mil vagas no sistema penitenciário baiano, contanto com os cerca de seis mil presos que estão vivendo nas carceragens de delegacias.
E ai fazer o que?
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