“Era uma coisa natural. Não foi revolta. Eu sempre me senti mulher”.
Essa é a definição que a transexual Beatriz Marques Trindade Campos, de
19 anos, faz de sim mesma. Ela vê com naturalidade a sua condição sexual
e diz que não é uma questão de orientação sexual, mas sim, de
identidade de gênero.

Tímida, a moça que mora em Sete Lagoas,
a 74 quilômetros de Belo Horizonte, faz o 2º período de direito no
Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm), mas tem planos de morar
em Belo Horizonte a partir do próximo ano.
Ela diz que quer se envolver com mais afinco aos movimentos LGBTs
(lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). “Na verdade, os movimentos
são GGG". Beatriz critica a ênfase nos direitos dos gays, deixando os
transexuais muitas vezes de fora. "A letra 'T' deveria ser desmembrada
da sigla e ter vida própria”, completa.
Com relação à carreira profissional, Beatriz conta que, por estar no
início do curso, ainda não sabe qual a área do direito quer atuar.
Certeza mesmo ela tem em relação à sua condição sexual. “Eu sou uma
mulher transexual”.
Além desse objetivo, Beatriz também quer “dar um gás” no tratamento que
faz para readequação sexual. “Aqui [Sete Lagoas] é uma cidade pequena.
Esse é um dos motivos que também quero eu ir para Belo Horizonte”.
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