O meu querido Recôncavo Baiano tomou uma porrada segura na V Conferência
Estadual de Cidades da Bahia. Esta é a verdadeira nota que devo trazer.
Talvez, devido o fato da grande maioria das cidades estarem realizando
conferências municipais, ou por qualquer outro motivo. Seja como for,
senti pouca representatividade do Recôncavo na Conferência.
No segmento ONG, da qual fiquei como representante por Maragogipe, junto
com o representante de Santo Antônio de Jesus, ficamos submersos em
meio as opiniões contrárias a nossa. A briga era boa, mas com pouca
representatividade fica difícil interação. O interiorzão da Bahia cobrava atenção! Sabemos
que esta atenção é muito mais do que merecida devido as problemáticas
atuais que a grande maioria das cidades da Bahia estão passando. A seca é
o maior problema, dentro outros como questões de habitação, meio
ambiente e economia.
Não obstante, precisei retratar a todo momento o quanto o Recôncavo
Baiano está sofrendo, o quanto a sua população também clama por atenção
do poder público e de ações reais que não vise o interesse das grandes
corporações. Mas, é preciso salientar que os minutos eram cronometrados,
pois todos queriam vez e voz numa Conferência tumultuadíssima.
Sinceramente, eu não acredito que é possível tirar um saldo positivo
destes tipos de eventos. A guerra por interesses é muito grande e quem
tem pouca representatividade toma porrada.
Pelo menos, temos uma boa notícia para Maragogipe. O delegado Mário de
Dezinho, presidente do sindicato foi eleito Delegado Estadual e vai para
a Conferência Nacional.
Nos outros segmentos, o recôncavo baiano conseguiu uma melhor
representatividade, mas no quesito Conselho das Cidades por território
percebi mais uma falta de atenção com nossa região, principalmente, com
relação ao segmento do movimento popular. Basicamente, depois de 23
rodadas/territórios escolhidos como prioritários por todos os segmentos,
a última opção foi o Recôncavo, que ficou com o poder público, segmento
que tinha oportunidade de escolher 12 territórios de identidade.
É preciso maior participação das cidades do Recôncavo para que, com
afinco e muita luta, estejamos fortes o bastante em outras conferências
para podermos gritar por melhorias para a nossa região.
Bem. Só posso narrar o que vi. Se foi diferente, é preciso que me provem o contrário.
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