Na ficha de candidatura de Cibele consta que a “ocupação” dela é a assistência social. Não há especificações a respeito da qualificação para a ocupação do cargo para o qual foi nomeada. Embora este tipo de escolha perpasse pelas relações politicas, vale rememorar o que aconteceu na última eleição municipal, quando a então prefeita viu o projeto de reeleger-se naufragar.
O período que antecedeu o pleito foi turbulento na pequena cidade de Rafael Jambeiro, localizada à beira da Chapada Diamantina, à 217 Km de Salvador. A cidade tem pouco mais de 22 mil habitantes e no dia 18 de setembro de 2012 teve seu dia de revolta. Na ocasião, a então prefeita pediu reforço policial após a sua residência ter sido parcialmente destruída.
No ofício enviado à Secretária de Segurança Pública (SSP), Cibele alegava que sua casa teve o telhado quebrado, plantas destruídas, cerca elétrica danificada e outros prejuízos na residência. Além de destruírem parcialmente a parte externa da casa, a prefeita relatou também que os acusados, quatro homens ainda não identificados, também a insultou com palavrões.
Contudo, foi rebatida pelo deputado estadual Paulo Azi (DEM). O parlamentar enviou ofício à Secretaria de Segurança Pública solicitando investigação das denúncias que recebeu sobre a prefeita de Rafael Jambeiro, Cibele de Carvalho (PT).
De acordo com informações da coluna de Clécio Max, publicada naquele período no Correio, o candidato disse que a prefeita queria acobertar compras de votos. “Ela está usando a polícia para acobertar compra de votos e aterrorizar eleitores do favorito candidato Joeldeval (PMDB)”, declarou à época. O peemedebista venceu a eleição com 55,22% dos votos.
Coube ao deputado federal Afonso Florence (PT) fazer a defesa da agora assessora especial do governador: Cibele encaminhou a denúncia, com as filmagens, para a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), se reuniu com o secretário e pediu reforço policial para que os atos de truculência e desrespeito a democracia não voltem a se repetir no município. A verdade é que o candidato Joeldeval (PMDB) e seus correligionários estão utilizando o poder do dinheiro e da violência para coagir e criar um clima de medo na cidade. Casas de apoiadores da prefeita Cibele estão sendo invadidas e, até, incendiadas.
Nos três primeiro anos de gestão em Rafael Jambeiro (2009/10 e 11) as contas de Cibele foram aprovadas com ressalvas pelos conselheiros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Em julho de 2012, a então prefeita foi multada por contratar George Vieira Góis, prefeito de Sapeaçu, para prestar serviços médicos em Rafael Jambeiro.
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