sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um Brinde Aos Meus Inimigos

Como é seguro ter inimigos. Confio em cada um de olhos fechados, pois tenho a certeza que querem me ver no chão. Quando me deparo com um deles na rua, já me armo todo e faço todos os meus sentidos ficarem atentos.

Jamais diminuo o inimigo porque também sou um diante deles. Sempre tentam descobrir o caminho pro meu ponto fraco e não poupam esforços pra isso. Fazem questão de me cutucar com olhares, palavras ou simplesmente o peso que exalam no ar.

Minha vontade era presenteá-los toda vez que me deparasse com um.

Se me dessem uma chance, eu agradeceria por cada reencontro. Chamaria até pra tomar um cafezinho e trocarmos idéias. Com certeza assunto não faltaria entre duas pessoas que ASSUMIDAMENTE não se batem.

Geralmente, um inimigo nasce da admiração. Foi assim que pariram Magneto, o Coringa, Lex Luthor e o Duende Verde. Não posso me esquecer que no filme dos Incríveis o grande inimigo do final, foi seu maior fã no início.

E qual seria o alimento que eleva alguém a condição de Inimigo? Uma salada de cobiça e elogios pro Ego com um bom prato de Inveja?

Buscando o conceito de Inveja encontrei: Querer que o outro NÃO tenha independente se você quer ter ou não.

Foi assim na Bíblia, na Grécia, em Roma, no Cangaço, no Planalto, nas Guerras Mundiais, na Novela das 8 e diariamente é assim ao nosso lado.
Medo mesmo, eu tenho dos que se dizem meus “AMIGOS”. Essa espécie entra na minha casa, conhece meus segredos, me empresta os ouvidos, me presenteia com promessas e eu acabo abrindo a guarda. Todos que me traíram até hoje, outrora foram grandes “amigos”.


Medo mesmo, eu tenho dos que se dizem meus “AMIGOS”. Essa espécie entra na minha casa, conhece meus segredos, me empresta os ouvidos, me presenteia com promessas e eu acabo abrindo a guarda. Todos que me traíram até hoje, outrora foram grandes “amigos”.

Para eles destino o alho e a água benta que jogaria para me afastar do Drácula. Vou tentar esconder toda a Kriptonita que existe em minha terra Natal pra que eles nunca encontrem.

A cada ano aparecem mais fios de cabelo branco que contam as decepções vividas por mim. O que antes eram 40 amigos, hoje são apenas 5. Acho que quando chegar aos 50 anos, terei no máximo 2.

Mas, me contento com isso. Nunca mais servirei cafezinho pra esses que chegam com abraços apertados distribuindo sorrisos. Se os que se dizem ser meus “amigos” quiserem sentar numa mesa comigo, terão que assistir eu tirar do meu armário um enorme Saco de Sal e uma colher de sopa.

Vamos começar a conversa assim, com uma boa colherada pra cada um. Quando o saco acabar, aí a gente vê quem é quem.

Mas confesso insistentemente… Adoro meus Inimigos e sou fã deles. Lembram daquela história que inventaram pra morte de Lennon?

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