Não dá para entender a irritação do secretário César Nunes (Segurança Pública) e a surpresa do governador Jaques Wagner ante as atitudes histriônicas do delegado José Magalhães Filho, atual ou ex-titular (já não se sabe ao certo...) da 19ªCP, a delegacia de Itaparica.
Tanto o secretário quanto o governador sabiam - ou deveriam saber - que Magalhães é uma figura polêmica. Colocá-lo sob os holofotes deveria ter sido um risco calculado. Quem brinca com fogo, diz a sabedoria popular, precisa estar preparado para sair chamuscado.
E agora? O delegado sai ou fica?... E, enquanto dura toda essa pantomima, como fica a população de Itaparica? Sim, porque o que parece menos contar no momento é a suposta justificativa à nomeação de Magalhães para a delegacia local: a redução nos índices de violência da área.
Alguém aí lembra da pompa e circunstância que marcaram a posse do delegado em 13 de fevereiro, uma sexta-feira? (Isso mesmo: dia 13, a segunda sexta-feira do mês. Cruz credo!). É só dar uma olhada nas fotos da cerimônia e conferir quem estava por lá...
Mais uma vez fica provada a falta de seriedade com que a segurança é tratada na Bahia. Magalhães não se tornou polêmico nem pirotécnico de um dia para o outro. Se alguém errou, não foi ele ao aceitar o cargo. Quem agora o critica, deveria ter a humildade de fazer um mea culpa e se recolher ao silêncio.
Ou será que tudo isso não tem a finalidade de desviar as atenções de questões mais relevantes que o simples esperneio de um delegado em final de carreira?...
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