quinta-feira, 12 de março de 2009

origem do nome da cidade Cachoeira


O nome Cachoeira foi dado pelos índios, o que significa na linguagem deles, mar grande, e isto, explica-se pela quantidade das águas e a largura do rio Paraguaçu nesta região Paulo Dias Adorno residia em São Vicente com seus irmãos Francisco e José em 1530 e lá assassinou um homem; fugiu por temer vingança e com ele levou um amigo chamado Afonso Rodrigues, com destino à Bahia.

Por esta época, Martim Afonso de Souza, vinha da Índia com destino a São Vicente, para fixar-se na Capitania que lhe fora doada e ao passar pela Baía de Todos os Santos, ingressaram em sua expedição, Paulo Dias Adorno e Afonso Rodrigues, chegaram em Cachoeira no dia 13 de março de 1531. Resolveram os dois ali ficar.

Já residia no local um homem branco, como diziam os índios, Diogo Álvares Correia, o Caramuru, que se salvara de um naufrágio e de ser devorado pelos índios antropófagos; casara-se com a índia Paraguaçu e com ela teve duas filhas: Madalena ( a mais velha, casou-se com Afonso Rodrigues) e Felipa ( a mais nova, casou-se com Paulo Dias Adorno). Este, apoderou-se de uma parte da terra formando uma fazenda que ia do riacho Pitanga ao Caquende. Explorando estas terras, ambos viram que eram bastante produtivas, principalmente, para o cultivo de cana-de acúçar e fumo.

A primeira construção de cal e pedra em Cachoeira foi a igreja de Nossa Senhora da Ajuda mandada erguer por Paulo Dias Adorno, tendo sua construção se iniciado em 1595 e sua conclusão em 1606. Ao lado da igreja, ele construiu sua residência e o engenho de acúçar às margens do rio Pitanga. Foi dado assim, o primeiro passo para o crescimento demográfico da região, culminando na próspera freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira em 1674.

O casario colonial foi tomando conta da freguesia que só 19 anos mais tarde, em 27 de dezembro de 1693 foi elevada à categoria de Vila e a 7 de janeiro de 1698 teve sua instalação assinada pelo Desembargador Estevão Ferraz de Campos.

No século XVIII, a vila atingiu o máximo de sua prosperidade sócio-econômica. Surgiram, a partir daí, importantes peças de arquitetura civil e religiosa, marcadas pela influência barroca, traço característico da vila. A expansão da economia da cana-de acúçar no vale do Paraguaçu e do Iguape, a abertura de estradas que desenbocavam nas regiões de minas e de produção pecuária, transforma Cachoeira em principal entreposto comercial da época.

O ouro e a cana-de-acúçar exerceu papel definitivo na criação de ruas, praças, casas e igrejas; o negro foi trazido pelos senhores de engenho como mão-de-obra eficaz e de baixo custo para trabalhar em suas lavouras. Cachoeira torna-se a vila mais próspera e populosa do Império exigindo que fosse ela elevada à categoria de cidade, o que aconteceu em 1826, quando D. Pedro I, imperador do Barasil, fez uma visita à vila e recebeu das mãos dos cachoeiranos um Memorial onde se propõe chamá-la, se elevada à categoria de cidade, de Cachoeira de Petrópolis. No dia 20 de abril de 1826, assina D. Pedro I a Lei Imperial nº 64, efetivando o desejo dos moradores, com algumas exigências para que a lei se confirmasse; como:

O hospital São João de Deus se transformasse em Casa de Misericórdia;

A conclusão da ponte que liga Cacheira a São Félix – o que só aconteceria 59 anos depois;

No Seminário dos jesuítas, localizado em Belém, fosse criado um Colégio Público.

No mesmo documento, Sua Majestade aprovava a criação de um monumento que os cachoeiranos pretendiam erguer em memória dos heróis de 1822, com a ressalva de que as despesas seriam por conta dos mesmos.

Em 13 de março de 1837, sendo governador da Província da Bahia, Dr. Francisco Prisco de Souza Paraíso, filho de Cachoeira, mediante a lei provincial nº 43, a então vila de Nossa Senhora de Cachoeira foi elevada finalmente à categoria de cidade com o nome Heróica Cidade de Cachoeira.

No século XIX, era Cachoeira um dos mais extensos municípios do Brasil. Para se Ter uma idéia, dele desenvolveram-se: Feira de Santana (1823), Tapera, atual Santa Terezinha (1849), Curralinho, atual Castro Alves (1880), São Gonçalo dos Campos (1884), São Félix (1889), Santo Estevão (1921), Conceição de Feira (1926), Jandaíra e Itapicuru (1727).

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