segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Wagner, cabo eleitoral de Geddel


O governador da Bahia, Jaques Wagner, informou que o nome do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, é um dos citados entre os possíveis candidatos a vice-presidente numa chapa encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Como Dilma é mineira, mas fez carreira no Rio de Grande do Sul, a expectativa é que o nome para vice seja um nordestino e, de preferência, do PMDB. O baiano Geddel estaria, assim, "disputando" vaga com o senador Jarbas Vasconcelos (PE), que tem os mesmos requisitos que ele. Em razão dos problemas que se anunciam para 2010 na Bahia, ante o contínuo afastamento do PMDB da sua base aliada e frente à possibilidade, bastante viável, de uma aliança de peemedebistas e democratas em torno de uma candidatura de Geddel ao governo do Estado, o governador baiano teria que sair a campo, logo, e se tornar o principal cabo eleitoral do ministro baiano nesta corrida pela candidatura a vice-presidente. Simplesmente porque isto resolveria, de imediato, quase todos os seus problemas em relação à sucessão baiana: manteria o PMDB sob controle, isolaria o DEM e tiraria Geddel do seu horizonte.
Como o ministro da Integração Nacional tem mostrado que aprendeu política com muita gente escolada, é claro que ele não irá fazer nenhum movimento que antecipe o seu posicionamento. E até pode esnobar um pouco a possibilidade de ser candidato a vice.
Isto, além de valorizar o seu passe, mantém o PT baiano neste suspense em torno do comportamento do aliado-adversário (ou será adversário-aliado?) e de até quando vai durar este jogo de gato e rato em que se transformou a relação entre as duas legendas na Bahia.

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