domingo, 27 de maio de 2012

Vadias

A Marcha das Vadias, manifestação de protesto à violência contra as mulheres, reuniu cerca de 1500 pessoas na tarde deste sábado, em São Paulo. A estimativa é da Polícia Militar. Por volta das 15h, os manifestantes saíram da praça do Ciclista, na avenida Paulista, rumo à praça da República, no centro de São Paulo. Eles desceram a rua Augusta acompanhados por dois carros da polícia e um da CET. Os participantes pintaram o corpo, vestiram acessórios como meia arrastão e prepararam cartazes para participar da marcha. Nos dizeres frases em defesa das mulheres como "meu corpo minhas regras", ou ainda "meia arrastão não justifica estupro". Os homens também se engajam e um deles levava um cartaz escrito "mulher não se estupra, se conquista". A mobilização pretende chamar a atenção aos diversos tipos de violência sofridos cotidianamente pelas mulheres, seja verbal, física ou sexual --como o assédio nas ruas das cidades, violência psicológica, ameaças, espancamentos, estupros e assassinatos. Um dos principais problemas combatidos pela marcha é a responsabilização das vítimas pela violência sofrida, que, segundo os manifestantes, amplia o sentimento de humilhação, desestimula denúncias e reduz a possibilidade de punição aos agressores. MOVIMENTO MUNDIAL - Em 2011, a marcha aconteceu no dia 04 de junho e reuniu cerca de 600 pessoas na praça do Ciclista, segundo estimativa da Polícia Militar. Na página do evento no Facebook, mais de 10.000 pessoas haviam confirmado presença. A organizadora da marcha em São Paulo, Madô Lopez, disse em seu blog que já foi insultada pelas roupas que usava, em cantadas e gracinhas feitas por homens. "Chega de sermos recriminadas e discriminadas nas ruas porque usamos saias, leggings, regatas, vestidos justos, chega de sermos reprimidas e intimidadas porque somos mulheres, porque somos femininas e porque queremos nos sentir sensuais", escreveu.

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